24 de março de 2017

Por que eu fiz leitura de registros akáshicos? por Lisiane de Abreu



Ela até podia ouvir e aceitar isso como um fato, mas, nunca, como um impedimento.
Assim os filmes que eu mais amo, que são as histórias mais lúdicas, vão moldando meu olhar sobre a vida. O conceito da Jornada do Herói criado por Joseph Campbell (vale a pena ler sobre esse cara, estudioso norte-americano de mitologia e religião comparada) é utilizado em roteiros de cinema, seriados e, também, dentro das empresas como ferramenta de motivação e organização de metas.
Depois de ler um pouco sobre ele e sua obra fiquei colecionando meus heróis, que tiveram sua jornada roteirizada conforme Campbell, e entre alguns deles estarão sempre: Amélie Poulain (da foto acima), Mary Poppins, Walt Disney, Harry Potter - nesse caso sua criadora também: J.K. Rowling – que maluca deve ser a cabeça dela para desenvolver uma história tão rica em detalhes - e falando em gente maluca -: Alice (seja no país das maravilhas ou através do espelho). Tim Burton e sua sombria magia e tantos outros.
A Jornada de um Herói começa e termina no mundo normal onde ele vive. Mas sua missão se passa em um mundo “especial”. Ao longo do caminho alguns eventos são decisivos: acontece algo que muda completamente o planejado, recebe uma mensagem, um incidente, uma separação, uma mudança. Nesse momento ele não tem muita escolha e cruza o portal. Sai do seu lar seguro e “normal”. E todos os 12 passos da Jornada do Herói descritos por Campbell começam a acontecer e ao final ele retorna para o mundo “normal” e algumas vezes volta com poderes para ajudar a todos, mas, todas às vezes, retorna melhor do que era antes. Assim é um filme. Onde nós, humanos, refletimos sobre nosso mundo e nossas vidas através de histórias simbólicas.
“No mundo da vida”, como dizia um professor, não combatemos Lord Voldemort. Mas precisamos rotineiramente enfrentar problemas tão assustadores quanto. Mas o que não raciocinamos sobre, é que todos os nossos monstros encontram-se em um mundo “especial”. Nunca é fora daqui. A batalha parece ser aberta e contra nossos maiores fantasmas: os outros. Mas, na verdade, nunca é. Sempre, lhe garanto, estão dentro de nós: pairando na nossa mente como fumaça espessa ou pesando feito chumbo no nosso coração. A solução, sempre, está aqui dentro também. É preciso cruzar o portal – e não vou colocar mais nada entre aspas pois nada aqui tem sentido figurado: tudo é real! – e adentrar nesse novo mundo. Enfrentar os traumas, eliminar ou substituir crenças, perdoar as pessoas, perdoar a si mesmo, limpar as memórias, para poder voltar ao campo onde estamos vivendo e: reviver.
Mas, e se for doença? Embora não se descartem as possibilidades de alteração biológica do estado de saúde de um ser (o que pode acontecer, por óbvio), ainda sim, elimina-se essa enfermidade através dessa viagem ao nosso interior. Acessando esse mundo especial e nos conectando com algo maior que está à disposição para nos auxiliar, aqui, neste nosso mundo comum.
Umas das maneiras de fazer isso é com as leituras dos registros akashicos. Com elas eu aprendi a “caminhar no escuro sem ter medo”- e aqui é em sentido figurado -, pois nunca tive medo do escuro quando o interruptor desliga, mas, sempre tive medo da claridade, de me expor a lugares, pessoas, sentimentos, acontecimentos. As leituras me levam a lugares. Me conectam com mentores, com pessoas que esperam que eu me apresente para que elas possam me ajudar. Mas o principal de tudo isso é que as leituras me conectam comigo mesma de uma forma muito significativa que não cabe aqui. É esclarecedora e ao mesmo tempo te coloca a refletir profundamente. Eu aprendi muito com esses momentos e aprenderei enquanto eu viver. Pois a Jornada de um Herói não termina quando acaba.
“Na caverna que você tem medo de entrar está o tesouro que você busca.” (Joseph Campbell).
Março/17.

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