14 de março de 2016

Velozes e Furiosos....ultima parte!





" Não, não temos mais tempo! Cada dia levantamos mais cedo e vamos dormir mais tarde, sempre com a sensação de que o dia deveria ser mais extenso ou não soubemos nos organizar direito. Nem o relógio olhamos mais para ver que horas são, mas, isso sim, para verificar "quanto falta". Mario Sergio Cortella.

Este parece ser um assunto tão debatido ultimamente. A velocidade do tempo. Já li alguns estudos que nos dizem que o eixo do planeta Terra mudou e com isto a sensação de corrida e velocidade é decorrente disto. Outros dizem que a tecnologia da informação, que nos mantém conectados 24 horas por dia é a responsável. Ainda outros, que o planeta está passando por um processo de ascensão e com isto a velocidade é algo inevitável.
Independente da justificativa é óbvio que não temos mais tempo! Porém, ainda me lembro de um livro lindo que li no doutorado (Prigogine era o autor) que falava sobre o tempo. Ele, Prigogine, era físico e filósofo e já trazia um conceito absurdamente correto. O tempo não existe!

O que este autor queria dizer com isto? Que o tempo, como conhecemos, é uma invenção humana. Vinda dos tempos de antes da Revolução Industrial, a divisão do trabalho preconizada por Adam Smith e os estudos de Frederic Taylor, no inicio do século 20, o tempo nesta divisão de horas, dias, semanas e anos é algo absurdamente inventado por nós humanos. Para que? Eu penso que com o objetivo de marcarmos algo para gerar uma memória.

Porém, para que memória se não temos tempo de pensar nela? Para que lembrarmos de algo, se não nos permitimos desfrutar de momentos sublimes olhando o pôr do sol (sem pressa) ou de ficar vendo as nuvens no céu? No meu trabalho com registros akáshicos tenho observado que o tempo é contado de modo muito diferente lá. Pelas emoções e energias vividas!

O titulo deste post, nos remete ao filme que já chegou na parte 7... ainda sem um final. Lá ser veloz é sinônimo de sobreviver, de ser competitivo, de ser um ganhador. Porém, a cena final é numa praia e nos remete a uma despedida.

Será que precisamos morrer para entender os sinais do tempo? Será que precisamos sofrer um colapso para compreender que o tempo nada mais é do que uma invenção nossa, da qual nos tornamos escravos?

Mario Sergio Cortella já dizia que não saímos de casa para olharmos as formigas no jardim e sim, saímos sempre com uma agenda com pauta, onde não podemos perder tempo. 

Sem tempo não pensamos em nós mesmos, mas arrumamos tempo para falar e pensar nos outros... tão contraditório. Eu sonho com um mundo em que o tempo é meu aliado e não meu dono, quem sabe na próxima vida eu possa ver este sonho realizado?



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